LIÇÃO 12 – 23 de
março de 2014 – Editora BETEL
Budismo, e o seu crescimento sutil e silencioso
TEXTO AUREO
“Pois todos nós somos como o imundo, e
todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a
folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos arrebatam”. Is 64.6
Comentarista: Pastor Joabes Rodrigues
do Rosário
VERDADE APLICADA
A justiça própria é inimiga do
Evangelho de Cristo; O homem que busca ser salvo por meio de suas boas obras,
está enganando a si mesmo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Levar ao
aluno o conhecimento das Origens e História do Budismo;
► Mostrar
alguns termos da Teologia Budista;
► Refutar as
heresias do Budismo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Is 64.5 - Tu sais ao
encontro daquele que, com alegria, pratica a justiça, daqueles que se lembram
de ti nos teus caminhos. Eis que te iraste, porque pecamos; há muito tempo
temos estado em pecados; acaso seremos salvos?
Is 64.6 - Pois todos
nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e
todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos
arrebatam.
Is 64.7 - E não há
quem invoque o teu nome, que desperte, e te detenha; pois escondeste de nós o
teu rosto e nos consumiste, por causa das nossas iniquidades.
Is 64.8 - Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso
oleiro; e todos nós obras das tuas mãos.
Introdução
Sem ortodoxia ou crença divina, o
Budismo tem conquistado pobres e ricos mundo afora. Cada país ou região onde o
Budismo foi difundido, ganharam contornos populares, novos rituais, mosteiros,
templos e diferentes escolas; somando atualmente no mundo mais de 400 milhões
de adeptos. Essa seita chegou ao Brasil através dos imigrantes japoneses, no
início do século XX e, de forma silenciosa e sutil, dia a dia, registra
crescimento assustador.
OBJETIVO
► Levar ao aluno o conhecimento das Origens e
História do Budismo;
1. Origem e História do Budismo
Na índia, os Brâmanes (casta dos
sacerdotes), eram considerados legítimos intermediários entre a humanidade e os
deuses. Os indivíduos pertencentes às castas inferiores não podiam realizar
rituais e cultos. Por volta do século VI a.C., muitos indianos questionavam a
tradição e a rigidez da religião existente: o bramanismo ou religião védica.
Foi neste contexto de profunda indagação religiosa e filosófica que o Budismo
surgiu.
1.1. O Fundador do Budismo
O fundador foi Siddharta Gautama,
nasceu por volta de 560 a.C., na índia. Era um príncipe, que fora criado pelos
pais cercado de opulência e longe do sofrimento humano. Aos vinte e nove anos
de idade, teve o primeiro encontro com a realidade fora dos muros do palácio.
Enquanto passeava entre as pessoas comuns, deparou-se respectivamente com um
velho, um doente e um morto - conheceu sofrimentos que jamais imaginou existir.
Chocado com essas cenas, decidiu abandonar o palácio e a família para encontrar
um meio de superar as dores e os sofrimentos humanos. Após seis anos de intenso
sacrifício e peregrinação, Gautama se sentou embaixo de uma figueira para
meditar e, depois de oito dias, finalmente sentiu-se iluminado. Conta o Budismo
que Gautama havia encontrado a resposta que tanto procurava: “Eu e todos os
seres do céu e da terra, simultaneamente, nos tornamos o caminho”. Isso
significa dizer que o homem “depende apenas de si mesmo para ser salvo”. Ao
adquirir tal compreensão, tornou-se o primeiro “Buda” (iluminado). Gautama
morreu aos 80 anos de Idade. Os Budistas acreditam que o maior líder Budista da
atualidade, “Dalai Lama”, um monge tibetano, é uma encarnação da divindade.
1.2. O Budismo e sua grande influência no mundo
No século III a.C. o Budismo chegou ao
sudeste asiático e se difundiu no Sri-Lanka, Tailândia, Nepal e Butão. No
primeiro século da Era Cristã, essa seita atingiu a China, a Mongólia, a Coréia
e o Japão, estendendo-se para o Vietnã, Camboja e Indonésia. No Japão, adquiriu
“status” de religião oficial. Atualmente, o Japão possui cerca de sete mil
templos Budistas, sendo hoje um dos principais centros Budistas do mundo.
1.3. Livro Sagrado do Budismo
A filosofia e a doutrina Budista estão
registradas em um conjunto de livros denominados “Cânone”. Escrita
originalmente no idioma páli, essa obra é conhecida como “tripitaka” ou “Três
Cestos”. Cada cesto reúne um tipo de texto, que trata de: 1) Autodisciplina e
regras monásticas; 2) Contém os sermões de Buda, as parábolas e histórias
contadas para explicar os ensinamentos e a vida de Buda; 3) Doutrinas e a
filosofia Budista. O “Cânone Páli” foi escrito após a morte de Buda e chegou ao
Ceilão no século III a. C. De lá, propagou-se para outras regiões, incorporando
novos textos. O “Cânone tibetano” inclui, além dos sermões de Buda e das regras
monásticas, vários tratados filosóficos, poemas, crônicas e textos de medicina
e astrologia.
OBJETIVO
► Mostrar alguns termos da Teologia Budista;
2. A Teologia Budista
A teologia Budista é extensa e
complexa; acredita-se que Buda deixou oitenta e quatro mil ensinamentos. Veja
alguns deles:
2.1. O Budismo e o ensino sobre Deus.
Os Budistas acreditam em vários deuses,
e ensina que a existência deles é transitória; da mesma forma que é transitória
a vida humana. Acreditam que, assim como os homens morrem e tornam a nascer, os
deuses também passam pelo ciclo do renascimento. Por esse motivo, para o
Budismo, os deuses são insignificantes. O episódio da criação do homem é uma
prova clara que existe um ser Criador e um ser criado, provando assim a
superioridade de Deus em relação à vida meramente humana (Gn 1.27; lTm 6.16).
2.2. O Budismo e o ensino sobre a salvação
Buda ensinava que a salvação se dá com
o fim da própria ignorância. Para isso, seria necessário conscientizar das
“Quatro Nobres Verdades”: 1) Toda existência implica dor - no nascimento, na
idade, na morte e na doença; 2) A origem do sofrimento é o desejo e o apego à
busca dos prazeres; 3) A solução para o sofrimento está no controle e abandono
desses desejos; 4) Conhecer os oito caminhos que levam ao fim do sofrimento:
Crença correta, sentimento correto, fala correta, conduta correta, maneira de
viver correta, esforço correto, memória correta e concentração correta. Além
disso, os budistas devem seguir um conjunto de normas éticas, denominado “Os
Cinco Preceitos” (veja ponto 3.3 desta lição). Em Romanos 3.20, Paulo afirma
que a justiça ou retidão pessoal não é suficiente diante de Deus. O Apóstolo
Paulo diz que Abraão não foi justificado pelas “obras” da lei, (Rm 4.2). Não
existe lei ou norma, por mais louvável e nobre que seja, capaz de transmitir
salvação aos homens (G13.21). Assim sendo, não é a obediência a um “conjunto de
regras” (Rm 3.28), como ensinai o Budismo, que salvará o homem.
2.3. O Budismo e o ensino sobre o pecado
Segundo a doutrina budista, o pecado
está ligado ao desejo; desejo que causa sofrimento e dor, que deve ser
eliminado para que o homem se liberte de sua ignorância. A palavra de Deus
revela, em Romanos 5.12, o princípio da herança pecaminosa com suas diversas
manifestações entre os homens, que governa sobre eles qual um tirano. A Palavra
de Deus prova que o pecado é mais que um sentimento; ele penetrou na própria
natureza humana (SI 51.5). Porém a Palavra de Deus tem uma notícia salvadora:
“onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20).
OBJETIVO
► Refutar as heresias do Budismo.
3. Os Principais Ensinos do Budismo
O Budismo ensina que para alcançar a
libertação ou a salvação, o homem não depende de nenhum deus ou autoridade
transcendental, apenas de si mesmo.
3.1. O Nirvana
Para os budistas, o principal problema
da existência humana está no fato dos homens não perceberem que vivem em um
mundo gerado por seus sentimentos, pensamentos e desejos. Por isso, eles ficam
atados às ilusões produzidas pela própria mente, responsável pelo sofrimento
humano. Para interromper o processo de ilusões e dores, os budistas indicam o
caminho da “Suprema libertação”, ou seja, a aniquilação de todos os desejos e
apegos, quando, então, torna-se possível alcançar um estado de absoluta paz,
beatitude e felicidade, definido como “Nirvana”. A Bíblia ensina que a
libertação por meios próprios é ineficaz (Jo. 1.29).
3.2. O Carma
A filosofia budista acredita na
existência de um ciclo ininterrupto de encarnações e desencarnações. A
repetição contínua de nascimentos e mortes ocorre com aqueles que ainda estão
presos às ilusões dos desejos. Ao morrer, o ser humano carrega consigo os efeitos
de seus atos e pensamentos. Fica aprisionado, retornando ao plano material com
os mesmos impulsos, sensações, atrações e experiências de vida. Daí surge a
ideia de “Carma”, a lei de causa e efeito, em que as atitudes e ações negativas
e positivas são transmitidas de uma vida para outra. Esse ciclo faz parte das
construções da mente iludida. Ao atingir o Nirvana, a superação do “eu
individual”, a ilusão de renascimentos é dissolvida. Mas Jesus ensinou que as
pessoas decidem o seu eterno destino em uma única vida (Mt 25.46). Essa,
precisamente, a razão pela qual o Apóstolo Paulo enfatizou que “eis aqui agora
o dia da salvação” (2Co 6.2).
3.3. Os cinco Preceitos do Budismo
Além de obedecer às “Quatro Nobres
Verdades”, (relacionadas no item 2.2 desta lição), os budistas devem seguir um
conjunto de normas éticas denominadas “Os Cinco Preceitos”: 1) Não prejudicar
ou matar nenhum ser vivo; 2) Não roubar ou pegar algo que não lhe seja ofertado
livremente; 3) Controlar o desejo sexual; 4) Não mentir; 5) Não beber nem tomar
drogas ou substâncias que embotem a mente. Estes preceitos podem até ser
louváveis, mas não salvam (Is 64.6).
Conclusão
Com um código ético, como pode ser
percebido nesta lição, os budistas buscam o livramento da pecaminosidade da
carne, onde só conseguem, no máximo, reprimir a natureza do “velho homem” (Ef
4.22), pois a libertação do poder do pecado só é, alcançada pela graça
salvadora que há em Cristo Jesus: “Se, pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).
QUESTIONÁRIO
1. Para o
Budismo, alcançar a libertação ou a salvação, o homem
depende de quê?
2. Qual o
significado da palavra Buda?
3. Em qual país
o Budismo adquiriu “status” de religião oficial?
4. Segundo o
Budismo, quantos ensinamentos Buda deixou
para os seus seguidores?
5. Em Isaías
64.6, a que a Bíblia compara a justiça própria do homem?
fonte: http://www.revistaebd.com
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